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Registro Completo |
Biblioteca(s): |
Epagri-Sede. |
Data corrente: |
09/08/2019 |
Data da última atualização: |
09/08/2019 |
Tipo da produção científica: |
Artigo em Anais de Congresso / Nota Técnica |
Autoria: |
WESP, C. L.; SOUZA, A. L. K. |
Título: |
AVANÇOS NO MANEJO DA VIDEIRA EM AMBIENTE PROTEGIDO. |
Ano de publicação: |
2019 |
Fonte/Imprenta: |
In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE FRUTICULTURA DE CLIMA TEMPERADO, 16., 2019, FRAIBURGO. Anais... Caçador: Epagri, 2019. p. 121-125. |
Idioma: |
Português |
Conteúdo: |
Sabe-se que a atividade agrícola é altamente dependente das condições climáticas. Estudos indicam
que os estados do Sul do Brasil são os mais afetados em relação a alta ocorrência de eventos climáticos
adversos. Tal cenário tem despertado preocupação cada vez maior do fruticultor de frutas temperadas, uma
vez que esses pomares tendem a ser prejudicados com a incidência de chuvas excessivas, eventos de
granizo, ventos e geadas tardias. Desse modo, a demanda pela utilização de telas antigranizo e coberturas
plásticas têm sido crescente nesses pomares, uma vez que o risco em relação aos danos climáticos é elevado,
podendo inviabilizar toda uma produção. A região Sul do Brasil caracteriza-se por apresentar umidade relativa e temperatura elevadas, aliadas
às precipitações frequentes durante o ciclo vegetativo da videira. Essas condições são extremamente
favoráveis a ocorrência de doenças, principalmente a antracnose, a escoriose, o míldio e as podridões de
cacho, as quais afetam consideravelmente tanto a produção, quanto a qualidade da uva produzida. De acordo
com dados da Epagri/Ciram, levando-se em consideração a média histórica (1960 ? 2016) registrada para o
município de Videira (Região Meio Oeste Catarinense), verifica-se que a precipitação média anual é de 1.913
mm. Esses dados revelam ainda, que a ocorrência de chuva se dá em 137 dias por ano neste município (38%
dos dias), com precipitação média de 1.240 mm, temperatura média de 19,8°C e umidade relativa de 73,4%
se levarmos em conta apenas o período entre a brotação e a colheita da uva (setembro a março, por exemplo).
Tais condições climáticas exigem que o produtor adote estratégias de pulverizações preventivas e frequentes
para o controle de doenças fúngicas de modo a viabilizar a produção de uva nesta região do estado que hoje
responde por praticamente 90% da uva produzida em Santa Catarina. Desse modo, entre as estratégias
adotadas estão as aplicações calendarizadas que iniciam na brotação visando o controle da
antracnose/escoriose, seguem a partir da floração, para o controle de míldio e podridões e estendendo-se até
dias antes da colheita. Quando do cultivo de espécies Vitis vinífera, com menos rusticidade em relação as
Vitis labruca, a situação é ainda mais complicada, exigindo muitas vezes que o viticultor tenha de antecipar a
colheita de modo a evitar perdas por podridões e/ou rompimento de bagas, causadas principalmente pelo
excesso de chuvas (SOUZA & WESP, 2017). Tal cenário, também se aplica nos demais estados da Região do Sul do Brasil, onde de forma
corrente, os produtores realizam pulverizações semanais (método por calendário) com a intenção de garantir
a produção. Estudos revelam que no cultivo convencional a céu aberto de uvas Vitis vinifera no Rio Grande
do Sul, são realizadas, em média, 14 pulverizações com fungicidas, sendo que de 8 a 10 são efetuadas
apenas para o controle do míldio (Plasmopara viticola) (CHAVARRIA; 2012). No Estado do Paraná, em
algumas regiões onde é possível o cultivo de dois ciclos produtivos no ano, estima-se que sejam realizadas
até 60 aplicações em uvas Vitis vinifera. Esses dados indicam que muitas aplicações ocorrem sem a real
necessidade de tratamentos fúngicos, contribuindo para o aumento dos custos de produção, contaminação
ambiental e possibilidade de resíduos na uva produzida. Neste contexto, o ambiente protegido pode representar uma alternativa viável para minimizar
problemas relacionados à maturação das uvas e ao manejo fitossanitário, principalmente por possibilitar
modificações no microclima, ao exemplo da elevação das temperaturas máximas e redução da velocidade do
vento junto ao dossel das plantas (CHAVARRIA et al., 2009; CARDOSO et al., 2008). No Brasil, o cultivo
protegido de videiras ganhou adeptos a partir da década de 90 nos estados do Rio Grande do Sul, Santa
Cataria e Paraná. Contudo, ainda utilizado de forma mais empírica e sem materiais plásticos de alta qualidade
e resistência. A partir do início dos anos 2000, a Estação Experimental da Epagri de Videira colaborou para a
difusão e implantação do uso da plasticultura em viticultura, difundindo o uso do sistema de condução em Y
com cobertura plástica, estimulando, assim, o plantio de novas áreas com o uso dessa tecnologia (EPAGRI,
2002). Devido a estas condições de clima adversos, o uso da cobertura plástica tem sido uma prática recente
utilizada pelos viticultores no Sul do Brasil para superar esses fatores limitantes, principalmente no cultivo de
uvas de mesa (CHAVARRIA et al., 2009). Nas áreas protegidas, predomina-se o cultivo de uvas finas (Vitis
vinifera) destinadas ao consumo in natura com a presença de sementes, embora existam experiências com
uvas finas sem sementes e para elaboração de vinhos na Serra Gaúcha. Para o cultivo de uvas finas
destinadas à mesa o uso da cobertura plástica é indispensável para o sucesso da produção, já que essas são
extremamente sensíveis ao míldio sendo a cobertura plástica responsável pela viabilização
técnica/econômica desse tipo de cultivo. Além disso, na Região do Vale do Rio do Peixe-SC, tem sido
crescente também a utilização da cobertura plástica em parreirais já formados de Niágara Rosada, em função da diminuição do uso de agrotóxicos, melhoria na qualidade da uva para consumo in natura e ganhos de preço pela oferta fora de época. A utilização da cobertura nesses parreirais tem apresentado excelentes resultados ao pequeno produtor rural que agrega valor a sua produção de uva comum, oferecendo produto de melhor qualidade ao consumidor e com possibilidade de colheita prolongada em função do maior período de maturação dos cachos (CHAVARRIA, 2008; MOTA et al., 2008). MenosSabe-se que a atividade agrícola é altamente dependente das condições climáticas. Estudos indicam
que os estados do Sul do Brasil são os mais afetados em relação a alta ocorrência de eventos climáticos
adversos. Tal cenário tem despertado preocupação cada vez maior do fruticultor de frutas temperadas, uma
vez que esses pomares tendem a ser prejudicados com a incidência de chuvas excessivas, eventos de
granizo, ventos e geadas tardias. Desse modo, a demanda pela utilização de telas antigranizo e coberturas
plásticas têm sido crescente nesses pomares, uma vez que o risco em relação aos danos climáticos é elevado,
podendo inviabilizar toda uma produção. A região Sul do Brasil caracteriza-se por apresentar umidade relativa e temperatura elevadas, aliadas
às precipitações frequentes durante o ciclo vegetativo da videira. Essas condições são extremamente
favoráveis a ocorrência de doenças, principalmente a antracnose, a escoriose, o míldio e as podridões de
cacho, as quais afetam consideravelmente tanto a produção, quanto a qualidade da uva produzida. De acordo
com dados da Epagri/Ciram, levando-se em consideração a média histórica (1960 ? 2016) registrada para o
município de Videira (Região Meio Oeste Catarinense), verifica-se que a precipitação média anual é de 1.913
mm. Esses dados revelam ainda, que a ocorrência de chuva se dá em 137 dias por ano neste município (38%
dos dias), com precipitação média de 1.240 mm, temperatura média de 19,8°C e umidade relativa de 73,4%
se levar... Mostrar Tudo |
Palavras-Chave: |
COBERTURA PLÁSTICA; PLASTICULTURA; UVA. |
Categoria do assunto: |
A Sistemas de Cultivo |
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Marc: |
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A região Sul do Brasil caracteriza-se por apresentar umidade relativa e temperatura elevadas, aliadas às precipitações frequentes durante o ciclo vegetativo da videira. Essas condições são extremamente favoráveis a ocorrência de doenças, principalmente a antracnose, a escoriose, o míldio e as podridões de cacho, as quais afetam consideravelmente tanto a produção, quanto a qualidade da uva produzida. De acordo com dados da Epagri/Ciram, levando-se em consideração a média histórica (1960 ? 2016) registrada para o município de Videira (Região Meio Oeste Catarinense), verifica-se que a precipitação média anual é de 1.913 mm. Esses dados revelam ainda, que a ocorrência de chuva se dá em 137 dias por ano neste município (38% dos dias), com precipitação média de 1.240 mm, temperatura média de 19,8°C e umidade relativa de 73,4% se levarmos em conta apenas o período entre a brotação e a colheita da uva (setembro a março, por exemplo). Tais condições climáticas exigem que o produtor adote estratégias de pulverizações preventivas e frequentes para o controle de doenças fúngicas de modo a viabilizar a produção de uva nesta região do estado que hoje responde por praticamente 90% da uva produzida em Santa Catarina. Desse modo, entre as estratégias adotadas estão as aplicações calendarizadas que iniciam na brotação visando o controle da antracnose/escoriose, seguem a partir da floração, para o controle de míldio e podridões e estendendo-se até dias antes da colheita. Quando do cultivo de espécies Vitis vinífera, com menos rusticidade em relação as Vitis labruca, a situação é ainda mais complicada, exigindo muitas vezes que o viticultor tenha de antecipar a colheita de modo a evitar perdas por podridões e/ou rompimento de bagas, causadas principalmente pelo excesso de chuvas (SOUZA & WESP, 2017). Tal cenário, também se aplica nos demais estados da Região do Sul do Brasil, onde de forma corrente, os produtores realizam pulverizações semanais (método por calendário) com a intenção de garantir a produção. Estudos revelam que no cultivo convencional a céu aberto de uvas Vitis vinifera no Rio Grande do Sul, são realizadas, em média, 14 pulverizações com fungicidas, sendo que de 8 a 10 são efetuadas apenas para o controle do míldio (Plasmopara viticola) (CHAVARRIA; 2012). No Estado do Paraná, em algumas regiões onde é possível o cultivo de dois ciclos produtivos no ano, estima-se que sejam realizadas até 60 aplicações em uvas Vitis vinifera. Esses dados indicam que muitas aplicações ocorrem sem a real necessidade de tratamentos fúngicos, contribuindo para o aumento dos custos de produção, contaminação ambiental e possibilidade de resíduos na uva produzida. Neste contexto, o ambiente protegido pode representar uma alternativa viável para minimizar problemas relacionados à maturação das uvas e ao manejo fitossanitário, principalmente por possibilitar modificações no microclima, ao exemplo da elevação das temperaturas máximas e redução da velocidade do vento junto ao dossel das plantas (CHAVARRIA et al., 2009; CARDOSO et al., 2008). No Brasil, o cultivo protegido de videiras ganhou adeptos a partir da década de 90 nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Cataria e Paraná. Contudo, ainda utilizado de forma mais empírica e sem materiais plásticos de alta qualidade e resistência. A partir do início dos anos 2000, a Estação Experimental da Epagri de Videira colaborou para a difusão e implantação do uso da plasticultura em viticultura, difundindo o uso do sistema de condução em Y com cobertura plástica, estimulando, assim, o plantio de novas áreas com o uso dessa tecnologia (EPAGRI, 2002). Devido a estas condições de clima adversos, o uso da cobertura plástica tem sido uma prática recente utilizada pelos viticultores no Sul do Brasil para superar esses fatores limitantes, principalmente no cultivo de uvas de mesa (CHAVARRIA et al., 2009). Nas áreas protegidas, predomina-se o cultivo de uvas finas (Vitis vinifera) destinadas ao consumo in natura com a presença de sementes, embora existam experiências com uvas finas sem sementes e para elaboração de vinhos na Serra Gaúcha. Para o cultivo de uvas finas destinadas à mesa o uso da cobertura plástica é indispensável para o sucesso da produção, já que essas são extremamente sensíveis ao míldio sendo a cobertura plástica responsável pela viabilização técnica/econômica desse tipo de cultivo. Além disso, na Região do Vale do Rio do Peixe-SC, tem sido crescente também a utilização da cobertura plástica em parreirais já formados de Niágara Rosada, em função da diminuição do uso de agrotóxicos, melhoria na qualidade da uva para consumo in natura e ganhos de preço pela oferta fora de época. A utilização da cobertura nesses parreirais tem apresentado excelentes resultados ao pequeno produtor rural que agrega valor a sua produção de uva comum, oferecendo produto de melhor qualidade ao consumidor e com possibilidade de colheita prolongada em função do maior período de maturação dos cachos (CHAVARRIA, 2008; MOTA et al., 2008). 653 $aCOBERTURA PLÁSTICA 653 $aPLASTICULTURA 653 $aUVA 700 1 $aSOUZA, A. L. K. 773 $tIn: ENCONTRO NACIONAL SOBRE FRUTICULTURA DE CLIMA TEMPERADO, 16., 2019, FRAIBURGO. Anais... Caçador: Epagri, 2019. p. 121-125.
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